Saúde como Depósito de Problemas Sociais e Econômicos
1ª. Parte
Creio que a cultura, o desenvolvimento dela, o
sentido democrático da cultura seja reproduzir os fatos de relevância para
sociedade. Relevância nos diversos graus de importância e eles podem ser
municipais, estaduais, federal e mundial. Neste caso específico, me refiro do
JNT News (JNTNews.Com.Br) que reproduz uma matéria com relação aos servidores
públicos das unidades de saúde (435 servidores), da cidade de Foz do Iguaçu.
A idéia central do que o JNT
<<reproduziu>> se refere a um curso de quatro dias sobre
<<processos comportamentais>>, na relação com o atendimento dos
pacientes, ou não. O curso será
ministrado na Fundação Cultural pelo senhor Frank da Silva Veiga (psicólogo) e
Marisa Felipe Godoy (enfermeira) e supervisão de Adriana Izuka (diretora de
atenção básica).
Como disse O JNT reproduziu com fidelidade os
fatos. De minha parte vou observar alguns
termos que foram <<ditos>> e que, a meu ver representam um
objetivo mais político, do que propriamente entrar no <<mérito>>
desta situação que vive o “modus comportamental político da cidade” em especial
dos 30% (genérico) das classes falantes em oposição aos 70% das massas, o que
pôde ser visto nas eleições para Presidente do país.
Os termos abstratos, são: “colaboração social”, “empatia
no sistema público”, “processos comportamentais”. Os termos políticos, são: “As
relações humanas vêm se deteriorando em um mundo cada vez mais capitalista” e, “a atual gestão dispõe de uma preocupação imensa com relação à qualidade no atendimento aos cidadãos e
a qualidade de trabalho dos servidores
municipais” (Frank).
2ª. Parte.
Não nego a boa-intenção de cada pessoa, no sistema
de saúde, em tentar fazer o melhor possível. Recentemente em matéria sobre o
UPA do Morumbi, em entrevistas com médicos e enfermeiras foi possível notar
que, da parte deles, eles estão fazendo tudo o que é possível. Mas, mesmo
assim, parece que as coisas não andam ... O prefeito admitiu que o número de
acidentes de moto e carros, é grande. Bem, e porque existem tantas motos e carros
circulando na cidade? Lembro que P. M. Donald, quando prefeito, reclamaram
sobre o “transporte de massas”. A sua resposta foi que, a maioria da população
já tinha veículo próprio.
Ao meu ver o <<foco>> do problema é mais profundo. Com isso, quero dizer que
a esquerda esteve no poder por décadas seguidas. A saúde, considero, que seja o
local onde <<desembocam>> os problemas sociais [a depressão leva a
várias doenças], como o próprio texto admite de forma <<distorcida>>,
porém admite, que esses são os <<males do capitalismo>>, completando
o sentido da afirmação dita por Frank: enquanto o
capitalismo existir nada será diferente! Desta forma, segundo eles, isso
determina “um conjunto de medidas físicas
e humanas no atendimento à população”:
A. Izuka.
.... Enquanto, houver o
<<capitalismo>> segundo o que, eles entendem por capitalismo. E
suas ferramentas de persuasão de combate ao capitalismo, são abstratas, intocáveis,
como é reproduzido no texto: colaboração social, empatia no sistema público, processos
comportamentais. De fato, dos três termos, o primeiro e segundo estão, na
dependência de <<processos>> comportamentais, obviamente, de um
anti-capitalismo, declarado.
Creio que todos, já tenham ouvido algo sobre “Engenharia
do Comportamento” Et cetera. Isso nos remete ao que foi chamado de “Nova Ordem
Mundial”, na América do Sul: “Integração Latino-Americana etc.
3ª. Parte
Neste momento, vou tentar decifrar ao menos, um enigma, daquilo que causa males
concretos às massas e que, tanto no capitalismo do pós-guerra, quanto no socialismo por princípio, parece ter a mesma substância de malignidade (com
relação às massas). Com a diferença de que no capitalismo, através da
democracia Ocidental, é possível se ajustar,
por exemplo, a relação de horas e dias
de trabalho, com o <<preço>>, dos impostos e tarifas. NO
socialismo, tudo acontece segundo determinação do <<Estado>>, do
partido <<Único>>. Se o capitalismo erra, é uma fração, se o socialismo erra é a totalidade (Venezuela).
Agora, acrescente à atual situação impossível de
convivência harmoniosa: capitalismo x socialismo, décadas de governo
esquerdista. Ao longo dos anos, quem foram os maiores afetados? Não
foi o <<setor privado>> e, por extensão todos os colaboradores? E
quem criou situações – localizadas – e insustentáveis, não foram os sindicatos
de um e outro lado. E quem, controla ou direciona aos sindicatos, não são os
partidos? e, lá no fundo (por várias questões favoráveis à propósito), todo diretório
de partido – não tem, “funcionários
públicos na direção” e esses <<funcionários>> (não generalizando),
acaso não são políticos contra o capitalismo? O próprio capitalismo que paga os
seus salários, para que eles ataquem o capitalismo?
Concluindo, obviamente a CLT, desde Getúlio, em
uma circunstância mais que especial, já deveria ter sofrido alterações ou
mesmo, ter se criado outra legislação a partir das cidades e, das categorias
profissionais. É impossível uma única legislação no setor privado, abarcar a
todas as modalidades de negócios e a regulamentação das relações se dá na
pratica e nunca, em escritórios isolados da realidade. A maior oposição à CLT é
a própria legislação do “setor público”.
Para que o leitor não tenha dúvidas, estou falando
não só do desemprego no setor privado, mas das condições de trabalho em que o <<setor
privado>> se obriga de conviver, para saldar suas contas com o Estado!
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