A Saída Honrosa dos Sindicatos do Setor
Privado
Conforme disse o Presidente do Sindicato de
Trabalhadores de Turismo, Hotéis e Restaurantes de Foz do Iguaçu, o senhor
Wilson O. Martins, um homem honrado, “o patrimônio do Sindicato pertence a “cada
trabalhador da categoria”.
Certamente,
pertence ao trabalhador <<ativo>>, proporcionalmente ao tempo de serviço na categoria e contribuição sindical da seguinte maneira:
1º pela obrigatoriedade do imposto sindical – dispensada recentemente; 2º pela
contribuição assistencial eventualmente negada, em parte, pela empresa e
trabalhador e 3º o associado do sindicato (contribui mensalmente). O que dá a
cada um número relativo de “Cotas de Participação Econômica”, com relativo
valor acionário. Isso seria o <<máximo>> da aproximação das
<<contas acionárias>>. Considerar os aposentados e afastados da
categoria, isso não teria fim. De qualquer forma, o resultado final deve ser à sociedade em geral, através de Cotas de
Participação.
Bem, isso acontece em todos os sindicatos e associações
mantidas por trabalhadores e empresários. De fato, é um dinheiro aplicado em
imóveis (clubes e propriedades).
O grande problema é o resgate desse volume de
dinheiro aplicado nesses imóveis e moveis e, sem ligação como patrimônio Estatal. O patrimônio da ACIFI foi
construído com o dinheiro de contribuição dos empresários.
De outra forma é sabido que, cada clube do Estado,
em especial dos ex Bancos dos Estados
são patrimônios significativos. Em F. do I. temos o exemplo do Banestado que
possui um clube na República da Argentina próximo ao galpão abandonado da “Fit Foz”. De certa forma, os clubes das
estatais são construídos com dinheiro de impostos.
Considerando que tenha acabado a contribuição sindical obrigatória,
que distribuía aos sindicatos um valor
anual significativo e que era dividido com as Centrais Sindicais, as
Confederações e Federações sindicais. Isso muda o quadro dos Sindicatos ligados
à iniciativa privada. Eles não têm mais o imposto sindical obrigatório e tentam
“vender” o imposto assistencial a título de outra
situação, que independe do atual sindicalismo: <<o trabalho produtivo>>.
A reduzida e prejudicada oferta de trabalho, invalida qualquer contribuição
sindical. O que não acontece, necessariamente, nos sindicatos patronais, do “setor
privado”, que continuam contribuindo e, se fortalecendo cada vez mais, não
obstante seu sentido de existência, igualmente, perde razão de ser
considerando, o alarmante índice de desemprego e, a “quebradeira de empresas”.
O mesmo não acontece nos sindicatos estatais, que
são subsidiados por impostos, direta ou indiretamente. O que fez com que os
funcionários públicos ligados às organizações sindicais se envolvessem
diretamente na política nacional. Inclusive pondo fim ao imposto sindical
obrigatório. A CUT que é a maior representação dos sindicatos estatais por
várias vezes avisou sobre o fim do imposto obrigatório, que basicamente atingia
os sindicatos ligados ao “setor privado” e dizia mais respeito, aos sindicatos “dos
trabalhadores” e menos o sindicato “patronal”.
Deixemos de
lado o sindicato Estatal e vejamos os sindicatos ligados ao “setor privado”.
Sem o imposto obrigatório e, na dependência do imposto assistencial, o que
parece bastante precário, o sindicato <<dos trabalhadores>>, da
base, nas cidades, não poderá mais, sustentar as Confederações e as Federações
sindicais do “setor privado”. Neste ponto, para os sindicatos do setor privado,
as “Centrais Sindicais”, que nunca foram
legais, perdem o sentido, devem simplesmente, desaparecer, para o sindicato
do setor privado.
De outra forma, se as confederações e federações
quiserem sustentar os sindicatos na base terão que queimar a própria gordura que é o
dinheiro dos trabalhadores e que, no entanto, entrará no mesmo problema de liquidez dos patrimônios. Onde cada
sindicato em cada região, deve se “desdobrar”, para transformar patrimônios em dinheiro
vivo, para <<em tese> dar um
valor monetário ás <<Cotas de Ações>> de cada trabalhador e
empresário e, <<investir>> na produção
e geração de riquezas em cada município, para que isso gere ocupação e
renda, o que faz valorizar as Cotas de Ações, além de gerar empregos. Os
exemplos de como gerar riqueza, são fartos.
É o momento, mais que oportuno quando o dinheiro
pago pelo empresário e o trabalhador ao sindicato retorna ao município, na proporção
das cotas de ações, como “Empresa Privada de Sociedade Anônima de produção de
bens de consumo e, máquinas”. O que não afeta em nada o município na questão da
concorrência interna. Mesmo porque, em sua maioria são os empregados e
empresários, do setor de distribuição
de produtos e alimentos (turismo). E que sobem um patamar, na distribuição de
máquinas e matérias primas, além de cursos direcionados ao emprego e uso das
máquinas ou, produção.
Assim sendo, a única perspectiva de liquidez dos patrimônios dos sindicatos
e associações dos trabalhadores e empresários, está nas mãos dos grandes proprietários da cidade que
podem adquirir “Clubes” aos seus próprios funcionários, então associados
mensais e, eventuais sócios de qualquer outra categoria. Outros espaços, do
patrimônio sindical (dos trabalhadores e empresários) podem servir aos novos
empreendimentos de Sociedade Anônima.
Caso não se tenha nenhuma iniciativa, o
significado disso será imobilidade e cristalização da economia, que obviamente não poderá ser chamada de
<<capitalismo>>. Ao contrário, pode ser rotulada de uma economia
mórbida e ilusória, quando cria “bolhas econômicas”. Ilusória quando faz com
que empresários locais com recursos próprios se juntam para criarem mais
patrimônios <<elefantes brancos>> a título de alugueis o que é a
própria cristalização da economia, pela concentração de recursos.
Lembre-se que deixamos o Estado do lado de fora.
De fato, o Estado no Brasil das últimas décadas é uma espécie de “carniceiro,
como as Hienas na concorrência com os Leões, pelo alvo abatido”, que no caso é o
setor privado, não associado ao governo.
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