A Invisibilidade do Setor Privado em F. do Iguaçu
O que fiz nesses meses, por minha
única e exclusiva conta, a partir da posse do Presidente da República, não foi
estratégico, não foi maquiavélico, não foi coisa de “organização misteriosa”, mas
foi intuitivo. O porque, vou mostrar agora.
Perdi meu segundo emprego, na área de serviços, portanto, um emprego
decadente, mais serviçal do que, profissional do ponto de vista de uma
administração de empresas, respeitável. Perdi o emprego por uma questão de
intolerância e ausência de “empatia” ..., a alguém que você, não consegue ter o
domínio reverencial e que acredita, que o “salário e o subsídio”, possa comprar
..., a natural autoridade moral e subjuga-la
e quando não consegue, reage de forma estúpida.
Com os recursos da rescisão de
contrato de trabalho e idade de 63 anos, resolvi montar uma editora de livros
em cima de minha cama, acredite! Bem, os primeiros três livros eram um relato
cru e nu da política brasileira, da ação dos vereadores e da cultura, mas foi
no 4º e 5º livros, que saltei da política indigesta
para a economia política. Como disse,
nada disso, foi estratégico! Apenas foi acontecendo.
O quarto e quinto livros eram para
o “setor privado” e tentava equacionar o problema do “Capital de Circulação”.
Criar um ambiente de discussão, para solucionar problemas, com simples ajustes.
E isso abriu espaços enormes de vários temas
atualíssimos, do que seria, se existisse, uma alta intelectualidade de ajustes na economia e, democracia
Ocidental.
Mas, havia um problema: “eu havia
chegado a esse ponto, após muito esforço”. Assim, o peso que dava ao “Capital de Circulação”, por exemplo, não era o mesmo que as pessoas do “Setor
Privado” davam, quando sequer, a maioria deles, jamais tinham feito uso desse
termo: Capital de Circulação. Logo, todo meu trabalho teria sido em vão? Bem,
isso mostraria apenas, que nada foi “maquiavélico, estratégico”, afinal que
estratégia haveria em escrever tantos livros para um público inexistente?
Mas, acontece que o 4º e 5º livros/revistas,
eu o havia feito com a intenção de vender a um preço cômodo e fiz muitas
visitas ao “Setor Privado”, o que significa dizer, que havia criado uma
condição oportuna de “pesquisa de mercado”! Isso foi intuitivo!
Após essa introdução, encontro-me
em um dilema: por um lado, os “bem-sucedidos”, políticos e empresários do turismo querem que o Estado invista no turismo, por outro, dois grandes setores
PRODUTIVOS, dizem que nunca viveram
do turismo! Esse é o dilema, simplificado.
Toda a ação política, cultural, midiática; o setor
hoteleiro e os seus restaurantes, seus transportes e guias de turismo, agências
de viagens, câmbios, todos agem como se não existisse mais nada, além do
turismo!
-
Até a Itaipu, da geração Samek, Gleisi e Jaques Wagner, do PT, o “espírito de organização
política”, que permanece recuado em
Itaipu, imprimiu seu selo no turismo, onde tem forte ação de seus agentes, a título de manutenção do meio político, na cidade e
no Estado.
- Recentemente o sr. Luna foi avisado de um
gasto anual de 9 milhões de reais com passagens e estadias em Curitiba. O que é
habitual na Receita Federal, também em Curitiba, proporcionalmente. Imediatamente isso me lembrou
de Daijó, que gastou alguns milhares de reais com passagens e estadia para 4
municípios, para buscar verbas para o município e foi violentado politicamente.
De outra forma, Luna, no caso de Itaipu-Curitiba, preferiu entender o ocorrido
como: <<um aviso>>, para que isso não ocorra novamente. O que
parece ter diminuído em 61%, segundo, mais recentes, declarações de Itaipu.
-
Obviamente, o curso da política em F. do I. é diferente do curso do atual
Presidente da República e sua concepção de economia, mas, é simétrico à
concepção geral, do atual Governador do Paraná e sua vocação aparentemente,
agrícola e globalista.
Mas, isso nem importa mais, para o caso em
questão. Que é a cidade de Foz do Iguaçu, e outros
modos de se produzir riquezas e
ganhar o pão do dia-a-dia, desde fora
do Turismo, quase que “santificado”, à moda de Dubai e com o mesmo apelo de uma
superficialidade ilusória:
-
Pois que, a renda maior desse
turismo, ela não existe para a cidade.
-
A contradição da “felicidade do turista”, na contramão da infelicidade do
trabalhador na condição de serviçal. O que objetivamente o obriga a uma dupla jornada de trabalho na área de
serviços e, não pelo registro do horário
semanal, mas pela ocupação da
pessoa indistintamente, ao final de semana ou feriados ..., que no final,
acredita-se que seja compensado com um 13º mês e férias, férias, segundo o
interesse da empresa.
-
E isso, segundo o “turismo”, os sindicatos, os políticos, é perfeitamente
compreensível, ou seja, não há empatia com milhares de pessoas que vivem essa
situação.
-
Situação que se agrava muito, quando desempregado e se
obriga a humilhação de procurar emprego, onde não há emprego, por circunstâncias alheias ao empregador e ao empregado. E isso é uma característica de uma
cidade apática e não, empática. Agora, se querem mudar essa situação,
não será na forma midiática e abstrata ou, com o símbolo da saúde “para todos”,
com um <<New>> setor
odontológico e um plano de saúde, fora da realidade econômica do “setor privado”.
Aí também não há empatia alguma, dos autônomos
e corporativistas, com relação aos empregados do “setor privado”.
O que não disse até agora-1 é que nesta “pesquisa
natural”, que fiz junto aos lojistas do Centro e uma pequena parte da Vila
Portes e por vários meses ..., é que, também estive reaprendendo (algo que
havia feito entre 2008 e 2010) sobre o legislativo e executivo, para ter uma “medida
do que eles pensam sobre economia”:
-
Cheguei ao ponto de afirmar a eles, cara-a-cara, com vários Vereadores, que
tudo o que eles faziam ali, do começo ao fim da sessão, todas as sessões, era
falar de assuntos do Estado Municipal e do que, o Estado deveria fazer ao povo,
fosse na saúde, na situação física da cidade e, sobre os funcionários públicos,
quando aquilo mais parecia um departamento de pessoal e assistencial, não um “legislativo”.
-
Curiosamente, eles aceitaram isso, pois que era verdade. Em junho, creio,
aconteceu o caso do vereador Brayner, da igreja universal, que ousou falar publicamente sobre os galpões abandonados na cidade e disso, aproveitei o ensejo, para desenvolver o tema e cheguei a uma “estrutura econômica da cidade” (de aluguéis) e que ela, seja a “estrutura
econômica”, seja a economia da cidade (privada), está em franca deterioração
ou, cristalização, nesse aspecto econômico . O próprio prefeito parece pedir “socorro”,
com relação aos alugueis a que
supostamente o município se obriga (?).
O que não disse e vou dizer agora-2 é que, tendo
visitado empresários da cidade, aqueles que se deixam expor e são gentis ...,
tendo apreendido as preocupações políticas da câmara, meramente política ....
-
Parti para um ambiente mais realista, em termos de Capital de Circulação.
-
Lembre-se que estive entre distribuidores de mercadorias e políticos e por
extensão, suas associações e sindicatos, desta feita, iria ao “setor privado
voltado à produção e geração de riquezas”, “a Galinha de Ovos de Ouro do
Capital de Circulação”.
-
Precisamente o Setor ao qual sempre pertenci, pois que nasci em uma cidade onde
a prioridade, naquele momento histórico, era o “setor industrial”, depois todas
as outras categorias: comercial, turística, financeira, transportes e
universidades etc.
No “setor produtivo”, na cidade de F. do Iguaçu, visitei
os metalúrgicos e os “catadores originais”, de fora, dos esquemas políticos; estático,
comunitário, com administração peculiar etc. De fato, neste caso de cidade
turística, como dizem, os metalúrgicos (de grades e churrasqueiras etc.),
necessitam dos “catadores” e estes, necessitam dos metalúrgicos (mecânicos,
ferro-velho, fundição etc.).
Explico, muitos catadores autônomos prosperaram e
já pensam em adquirir máquinas de
Londrina etc. E sabem que esse ato <<isolado>> fora de um contexto
de produção, não lhe trará benefícios no sentido de retorno do seu trabalho mais especializado em um ambiente, onde,
não interessa à sociedade qualquer especialização que não seja aquela, de uso
do dinheiro público.
-
Voltando, as máquinas (diversas), são muito caras. Essas máquinas poderiam ser feitas pelos metalúrgicos,
na cidade, quando conquistariam um “patrimônio de produção”, um Know-how. E o dinheiro, da mão de obra,
permaneceria na cidade! E prosperariam novas técnicas! E quem sabe, um verdadeiro parque tecnológico, salvo as
proporções locais.
-
Mas, qual não foi minha surpresa, que
de fato, nem seria surpresa, porque passei
por isso quando precisava de matéria prima e tinha que recorrer à aventura de compra-las em São Paulo – SP
..., mas, o absurdo sempre espanta,
como disse Aristóteles ..., e os metalúrgicos, um torneiro experiente, foi bem
claro, ao dizer que a dificuldade estava na matéria prima. Que até existia na
cidade (duas lojas), mas o preço, inviabilizava a produção.
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Claro que a solução para aquisição de
matérias primas e máquinas, teria que ser feito por uma diplomacia e segurança institucional e jurídica, desde uma
organização honrada do setor privado, o que não existe, nem em “sonhos”, exceto
quando do uso do dinheiro público.
A seguir deveria dizer ao leitor do significado da
“industrialização do lixo”, agregar valor ao plástico, papelão, alumínio,
cobre, chumbo, tungstênio, e material biológico etc., mas dispenso-me desse
papel. Mas posso dizer que esse é um capital, que tanto o dinheiro tirado dos turistas nas “Cataratas”,
quanto este das matérias primas (do
lixo), é um capital que tem importância objetiva ao setor produtivo. E que,
no entanto, é invisível àqueles de
fora do entendimento objetivo, da produção
e geração de riquezas e que acreditam que estejam na posição de governo?
Bem, governo do turismo e, de uma política externa ao município, evidentemente.
Infelizmente <<o nível>> econômico e
político do município, está atrelado à situação política e a situação política
está amarrada a um propósito inútil de “destruição do governo de Bolsonaro”,
para retornar o governo de Haddad, que teve 45% dos votos, portanto, a priori,
não perdeu, está em segundo lugar.
-
De outra forma, basta observar a política municipal, os agentes, os que
iniciaram no serviço público pelo regime de CLT e foram rapidamente,
transferidos ao regime estatutário e foram colocados em lugares estratégicos e
etc. etc. etc. Poderia começar essa
história à partir da vereadora, ocupando o cargo interino de prefeita, que
autorizou uma verba de 3.5 milhões para reestruturação do executivo e daí para
diante, uma outra verba e, a ação política do prefeito junto à organização das
massas, a título de política, culminando com o expediente do velho petismo, da
câmara itinerante.
Ninguém é tolo de não ver que o governo, segue uma
linha avessa, contrária, de choque, ao “setor privado menor”. Mas, não qualquer
setor privado, pois que “o governo”, tem o apoio incondicional dos “setores
monopolistas, corporativos e privados”, que anseiam por
mundo diferente e sem concorrência, só não dizem o quanto diferente e o preço da ausência de concorrência, que fez diminuir o Capital de Circulação. E enquanto isso, as pessoas que
ainda acreditam que o trabalho enobrece; nestas circunstâncias de um governo
municipal e estadual, uma câmara municipal e uma Assembleia Legislativa, que
ignora o “setor privado menor”, que não lhes dá a segurança política, elas
ficam entorpecidas e céticas, mas, isso não resolverá o seu problema. Elas
precisam de atitude, precisamente aquilo que perderam nestas últimas décadas!
Por enquanto, é só!
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