Só
a Crueldade Prosperou no “Mundo Socialista”.
Há
um retalho da história que conta sobre o caráter dos movimentos políticos de
esquerda e da sociedade monopolista (neste caso dos mercados de produtos
e a cidade comercial) em 2000. Dez anos depois da fundação do Foro de s.
Paulo e que só as organizações comunistas
e nelas, só os líderes sabiam da
existência do Foro, o resto da militância como sempre “boiava na superfície da
água enquanto suas almas se serviam de isca e à atenção de outras almas que
queriam enfeitiçar”. [01]
O
MST, após pedir terras, por anos, havia conseguido e, alguns grupos, mesmo aqui
no Paraná, haviam se “juntado” para produzir e assim o fizeram. Claro que a
“união” entre eles durou muito menos do que pensavam que pudesse acontecer,
segundo os ensinamentos do socialismo. [02]. Mas, isso não impediu que a
produção individual desenvolvesse e se
juntassem no momento oportuno, por exemplo, para criar um mercado onde os
produtos eram mais baratos. Mas, o que parecia ser uma tremenda vantagem, se
voltou contra eles. Bem, os produtos do MST, eram mais baratos pelos modos de
produção, quando se tem um amparo econômico com impostos, ao contrário dos
outros, que também produziam e vendiam nos mercados e pagavam salários e impostos.
O
MST, que produzia, chegou a abrir uma linha de produtos, com embalagens
diferentes, uniformizadas e tentavam convencer o povo de que os produtos eram
bons, a Cobal serviu a esse propósito [3], mas logo foi extinta. Assim como foi
extinto, aquela aventura de mercado que, como resultado, apenas fortaleceria as
corporações do ramo. O MST queria entrar no mercado como se todo o alimento
fornecido pelo país, fosse mantido pelo governo (comunismo), então não caberiam
os impostos etc. Enquanto outros, pagavam impostos para que eles pudessem
produzir. É claro que os grandes, poderiam adquirir os produtos do MST por vias
legais, e antes que isso pudesse acontecer, quando poderiam regulamentar esse
comércio (como pessoas que criam frangos para grandes empresas etc.), o próprio
movimento político desvirtuou essa ideia, não era de interesse deles, criar
novos capitalistas. Essa ala do MST foi traída duas vezes: uma pela visão de
mercado distorcida e outra pelo próprio partido, que não tinha o menor
interesse que eles dessem certo.
Até
este momento conto com a paciência do leitor. Porque o motivo desse texto
aparece agora, nesta passagem daquilo
que o socialismo alavancou, com impostos pagos pelas pessoas, que do ponto de
vista do produtor, deu resultado e como a única forma de prosperar era no
capitalismo, reforçando o capitalismo. Assim sendo, os líderes de esquerda
preferiram manter o movimento “sem-terra”, depois “sem-habitação”, “sem-nada”, para
prosperar o movimento contra o capitalismo e não os deixar produzir nada. Até
porque não seria justo com o resto da militância. Que no passado em 1981, havia
tentado montar uma metalúrgica para os desempregados e que empregou mais do que
podia suportar e faliu em poucos meses. O que já demonstrava a falência do
socialismo, quando na vida real. O MST, daqueles que queriam produzir, tinha
essa experiência e por isso, dividiu-se. Não era possível agradar a todos e dar
a todos a mesma condição de segurança que tem aquele que produz.
O
ponto que quero chegar, é sobre a desconfiança que essa situação infantil,
criou na sociedade. Claro que o MST, internamente, culpava a “burguesia” pelas
suas dificuldades que o próprio movimento
criava, e precisava disso, do MST como movimento e não como produtor, para
manter a “chama acesa do movimento”. E isso combinava com outras ações junto
aos “trabalhadores”. Si considerava que o “trabalhador”, fosse um “aliado
natural”, do socialismo. Não obstante, no período da industrialização esse
sonha se desfez “como poeira na chuva”. Isso acontece quando o trabalhador tem
a real possibilidade de prosperar. E isso o afastaria do “movimento” como
afastou. Mas, “o movimento”, não se afastou dele, ele teria que ser punido por
aquilo que havia escolhido.
O
trunfo do socialismo contra a prosperidade do trabalhador estava intimamente
ligado às vias sindicais, a legislação trabalhista, os processos
trabalhistas e a “burguesia”, que passa a ter receio de contratar, um sujeito
que mais dia, menos dia, irá processar a empresa, para ganhar um extra e pior,
terá todo apoio dos setores ligados ao trabalhismo: Ministério do trabalho,
Justiça do Trabalho e Sindicatos, que passam a fazer a rescisão do contrato de
trabalho, para ajudar a Justiça. Por um período longo, sindicalistas se tornam
“juízes do trabalho”. É mais do que óbvio que isso criaria uma cisão no mundo
do trabalho. Além, da própria pressão interna nas empresas, com impostos,
multas e ainda a pressão trabalhista.
A
pressão trabalhista variava enormemente de categoria para categoria. E ainda, a
confusão eterna, de duas legislações de trabalho: uma para a iniciativa privada
(termo usado pelo Estado político) e outra para o Estado. Enquanto uma
legislação caia e prejudicava o mundo do trabalho na iniciativa privada e
criava monstros dos dois lados a outra, essencialmente corporativa e partidária
enriquecia e se cobria de vantagens além da imaginação. Podemos ver isso, hoje,
na questão das aposentadorias.
A
esquerda fez a gentileza de criar uma sociedade de monstros e os filhos destes
herdaram o cinismo e a desconfiança permanente. Perdeu-se qualquer
possibilidade de resgate da dignidade humana, traduzida pela sinceridade,
honestidade, caráter, moral etc. Criamos um mundo de oportunistas, céticos,
cínicos e hipócritas. Veja Alcolumbre, Maia, Ciro Gomes, Dilma, Toffoli etc. E
nestas “alturas”, além do ateísmo que cresce assustadoramente, quanto mais de
se fala em religião pior é.
A
Assembleia de Deus, décadas atrás, criou a figura do “arrebatamento” e, o fim
da Bíblia, precisamente porque a religião, tanto a católica quanto a evangélica
estavam sendo atacadas desde dentro com dois termos criados, para proporcionar
uma cisão jamais pensada, e que acontece a partir do Concílio do Vaticano II.
Quando entra em cena dois termos inocentes: teologia da libertação [04] para a igreja católica e teologia de prosperidade para os evangélicos.
[01]
Entre 80 e 86 da fundação do PT, havia visto isso bem de perto em Guarulhos. Graças,
à minha formação nas escolas de antigamente, e um ambiente cultural próspero de
São Paulo, antes de mudar para Guarulhos e por ter começado a trabalhar cedo,
nunca ousei “pescar” ninguém. Primeiro, porque alguém acreditaria em um jovem ingênuo;
segundo, ninguém sabia nem o mínimo, para poder falar mais que 2 segundos. Hoje
estou convicto de que a única saída para uma vida “limpa” é o cristianismo. Os
motivos aparecem a cada um, ao seu tempo e ninguém nunca é preciso ser
convencido disso, a pessoa se convence ou não! Nesse sentido recomento sempre
as Leituras de Santo Agostinho de Hipona, São Tomás de Aquino (Suma contra os
Gentios), John Poinsot (tractatus de Signis, Semiotics and Ontology),
Sertillanges, Antonin Dalmace, "A vida intelectual", para se ter
consciência de como ler a Bíblia.
[02]
O socialismo fabiano de FHC, havia criado o movimento dos sem-terra, não para
plantarem, mas para engrossarem as fileiras da revolução e algumas pessoas do
movimento, acreditavam que daria para se fazer as duas coisas ao mesmo tempo
“trabalhar na terra, criar uma referência no mercado e lutar pelo socialismo”.
Mas isso nunca interessou aos líderes, porque a maioria deles eram professores
de universidade, filhos de pais abastados, na verdade, jovens tolos e
revoltados com a riqueza dos pais. Enquanto as pessoas que estavam ligadas ao
MST queriam terra para trabalhar, outras queriam terras para formar o seu
primeiro capital e outros apenas se aproveitarem de alguma forma. Pois que,
isso era mantido pelo dinheiro público.
[03]
COBAL – Companhia Brasileira de Alimentos, órgão do Ministério da Agricultura
criado em 1962 e extinto em 1990. O objetivo era dar ao governo, condição de
operar diretamente no abastecimento, abrindo postos de varejo, ao invés de
estimular a iniciativa privada para esta tarefa.
[04]
A Teologia da Libertação foi de alguma
maneira um movimento ‘criado’ pela KGB de Sakharovsky ou foi um movimento
existente que foi exacerbado pela URSS? O movimento nasceu na KGB e teve um
nome inventado pela KGB: Teologia da Libertação. Durante esses anos, a KGB teve
uma tendência pelos movimentos de “Libertação”. O Exército de Libertação
Nacional da Colômbia (FARC), criado pela KGB com a ajuda de Fidel Castro; o
Exército de Libertação Nacional da Bolívia, criado pela KGB com o apoio de
“Che” Guevara; e a Organização para Libertação da Palestina (OLP), criado pela
KGB com ajuda de Yasser Arafat, são somente alguns movimentos de “Libertação”
nascidos em Lubyanka – lugar dos quartéis-generais da KGB. O nascimento da
Teologia da Libertação em 1960 foi a tentativa de um grande e secreto “Programa
de desinformação” (Party-State Dezinformatsiya Program), aprovado por Aleksandr
Shelepin, presidente da KGB, e pelo membro do Politburo, Aleksey Kirichenko,
que organizou as políticas internacionais do Partido Comunista. https://cleofas.com.br/nos-criamos-a-teologia-da-libertacao-afirma-ex-espiao-da-uniao-sovietica/.
[Ion Mihai Pacepa, que foi general da polícia secreta da Romênia comunista
antes de pedir demissão do seu cargo e fugir para os EUA no fim da década de
70, um dos maiores “detratores” de Moscou, concedeu entrevista à ACI Digital e
revelou a conexão entre a União Soviética e a Teologia da Libertação na América
Latina. ].
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