sexta-feira, 21 de junho de 2019

Só a Crueldade Prosperou no “Mundo Socialista”.


Só a Crueldade Prosperou no “Mundo Socialista”.


Há um retalho da história que conta sobre o caráter dos movimentos políticos de esquerda e da sociedade monopolista (neste caso dos mercados de produtos e a cidade comercial) em 2000. Dez anos depois da fundação do Foro de s. Paulo e que só as organizações comunistas e nelas, só os líderes sabiam da existência do Foro, o resto da militância como sempre “boiava na superfície da água enquanto suas almas se serviam de isca e à atenção de outras almas que queriam enfeitiçar”. [01]
O MST, após pedir terras, por anos, havia conseguido e, alguns grupos, mesmo aqui no Paraná, haviam se “juntado” para produzir e assim o fizeram. Claro que a “união” entre eles durou muito menos do que pensavam que pudesse acontecer, segundo os ensinamentos do socialismo. [02]. Mas, isso não impediu que a produção individual desenvolvesse e se juntassem no momento oportuno, por exemplo, para criar um mercado onde os produtos eram mais baratos. Mas, o que parecia ser uma tremenda vantagem, se voltou contra eles. Bem, os produtos do MST, eram mais baratos pelos modos de produção, quando se tem um amparo econômico com impostos, ao contrário dos outros, que também produziam e vendiam nos mercados e pagavam salários e impostos.
O MST, que produzia, chegou a abrir uma linha de produtos, com embalagens diferentes, uniformizadas e tentavam convencer o povo de que os produtos eram bons, a Cobal serviu a esse propósito [3], mas logo foi extinta. Assim como foi extinto, aquela aventura de mercado que, como resultado, apenas fortaleceria as corporações do ramo. O MST queria entrar no mercado como se todo o alimento fornecido pelo país, fosse mantido pelo governo (comunismo), então não caberiam os impostos etc. Enquanto outros, pagavam impostos para que eles pudessem produzir. É claro que os grandes, poderiam adquirir os produtos do MST por vias legais, e antes que isso pudesse acontecer, quando poderiam regulamentar esse comércio (como pessoas que criam frangos para grandes empresas etc.), o próprio movimento político desvirtuou essa ideia, não era de interesse deles, criar novos capitalistas. Essa ala do MST foi traída duas vezes: uma pela visão de mercado distorcida e outra pelo próprio partido, que não tinha o menor interesse que eles dessem certo.

Até este momento conto com a paciência do leitor. Porque o motivo desse texto aparece agora, nesta passagem daquilo que o socialismo alavancou, com impostos pagos pelas pessoas, que do ponto de vista do produtor, deu resultado e como a única forma de prosperar era no capitalismo, reforçando o capitalismo. Assim sendo, os líderes de esquerda preferiram manter o movimento “sem-terra”, depois “sem-habitação”, “sem-nada”, para prosperar o movimento contra o capitalismo e não os deixar produzir nada. Até porque não seria justo com o resto da militância. Que no passado em 1981, havia tentado montar uma metalúrgica para os desempregados e que empregou mais do que podia suportar e faliu em poucos meses. O que já demonstrava a falência do socialismo, quando na vida real. O MST, daqueles que queriam produzir, tinha essa experiência e por isso, dividiu-se. Não era possível agradar a todos e dar a todos a mesma condição de segurança que tem aquele que produz.
O ponto que quero chegar, é sobre a desconfiança que essa situação infantil, criou na sociedade. Claro que o MST, internamente, culpava a “burguesia” pelas suas dificuldades que o próprio movimento criava, e precisava disso, do MST como movimento e não como produtor, para manter a “chama acesa do movimento”. E isso combinava com outras ações junto aos “trabalhadores”. Si considerava que o “trabalhador”, fosse um “aliado natural”, do socialismo. Não obstante, no período da industrialização esse sonha se desfez “como poeira na chuva”. Isso acontece quando o trabalhador tem a real possibilidade de prosperar. E isso o afastaria do “movimento” como afastou. Mas, “o movimento”, não se afastou dele, ele teria que ser punido por aquilo que havia escolhido.
O trunfo do socialismo contra a prosperidade do trabalhador estava intimamente ligado às vias sindicais, a legislação trabalhista, os processos trabalhistas e a “burguesia”, que passa a ter receio de contratar, um sujeito que mais dia, menos dia, irá processar a empresa, para ganhar um extra e pior, terá todo apoio dos setores ligados ao trabalhismo: Ministério do trabalho, Justiça do Trabalho e Sindicatos, que passam a fazer a rescisão do contrato de trabalho, para ajudar a Justiça. Por um período longo, sindicalistas se tornam “juízes do trabalho”. É mais do que óbvio que isso criaria uma cisão no mundo do trabalho. Além, da própria pressão interna nas empresas, com impostos, multas e ainda a pressão trabalhista.
A pressão trabalhista variava enormemente de categoria para categoria. E ainda, a confusão eterna, de duas legislações de trabalho: uma para a iniciativa privada (termo usado pelo Estado político) e outra para o Estado. Enquanto uma legislação caia e prejudicava o mundo do trabalho na iniciativa privada e criava monstros dos dois lados a outra, essencialmente corporativa e partidária enriquecia e se cobria de vantagens além da imaginação. Podemos ver isso, hoje, na questão das aposentadorias.
A esquerda fez a gentileza de criar uma sociedade de monstros e os filhos destes herdaram o cinismo e a desconfiança permanente. Perdeu-se qualquer possibilidade de resgate da dignidade humana, traduzida pela sinceridade, honestidade, caráter, moral etc. Criamos um mundo de oportunistas, céticos, cínicos e hipócritas. Veja Alcolumbre, Maia, Ciro Gomes, Dilma, Toffoli etc. E nestas “alturas”, além do ateísmo que cresce assustadoramente, quanto mais de se fala em religião pior é.
A Assembleia de Deus, décadas atrás, criou a figura do “arrebatamento” e, o fim da Bíblia, precisamente porque a religião, tanto a católica quanto a evangélica estavam sendo atacadas desde dentro com dois termos criados, para proporcionar uma cisão jamais pensada, e que acontece a partir do Concílio do Vaticano II. Quando entra em cena dois termos inocentes: teologia da libertação [04] para a igreja católica e teologia de prosperidade para os evangélicos.


[01] Entre 80 e 86 da fundação do PT, havia visto isso bem de perto em Guarulhos. Graças, à minha formação nas escolas de antigamente, e um ambiente cultural próspero de São Paulo, antes de mudar para Guarulhos e por ter começado a trabalhar cedo, nunca ousei “pescar” ninguém. Primeiro, porque alguém acreditaria em um jovem ingênuo; segundo, ninguém sabia nem o mínimo, para poder falar mais que 2 segundos. Hoje estou convicto de que a única saída para uma vida “limpa” é o cristianismo. Os motivos aparecem a cada um, ao seu tempo e ninguém nunca é preciso ser convencido disso, a pessoa se convence ou não! Nesse sentido recomento sempre as Leituras de Santo Agostinho de Hipona, São Tomás de Aquino (Suma contra os Gentios), John Poinsot (tractatus de Signis, Semiotics and Ontology), Sertillanges, Antonin Dalmace, "A vida intelectual", para se ter consciência de como ler a Bíblia.


[02] O socialismo fabiano de FHC, havia criado o movimento dos sem-terra, não para plantarem, mas para engrossarem as fileiras da revolução e algumas pessoas do movimento, acreditavam que daria para se fazer as duas coisas ao mesmo tempo “trabalhar na terra, criar uma referência no mercado e lutar pelo socialismo”. Mas isso nunca interessou aos líderes, porque a maioria deles eram professores de universidade, filhos de pais abastados, na verdade, jovens tolos e revoltados com a riqueza dos pais. Enquanto as pessoas que estavam ligadas ao MST queriam terra para trabalhar, outras queriam terras para formar o seu primeiro capital e outros apenas se aproveitarem de alguma forma. Pois que, isso era mantido pelo dinheiro público.

[03] COBAL – Companhia Brasileira de Alimentos, órgão do Ministério da Agricultura criado em 1962 e extinto em 1990. O objetivo era dar ao governo, condição de operar diretamente no abastecimento, abrindo postos de varejo, ao invés de estimular a iniciativa privada para esta tarefa.

[04] A Teologia da Libertação foi de alguma maneira um movimento ‘criado’ pela KGB de Sakharovsky ou foi um movimento existente que foi exacerbado pela URSS? O movimento nasceu na KGB e teve um nome inventado pela KGB: Teologia da Libertação. Durante esses anos, a KGB teve uma tendência pelos movimentos de “Libertação”. O Exército de Libertação Nacional da Colômbia (FARC), criado pela KGB com a ajuda de Fidel Castro; o Exército de Libertação Nacional da Bolívia, criado pela KGB com o apoio de “Che” Guevara; e a Organização para Libertação da Palestina (OLP), criado pela KGB com ajuda de Yasser Arafat, são somente alguns movimentos de “Libertação” nascidos em Lubyanka – lugar dos quartéis-generais da KGB. O nascimento da Teologia da Libertação em 1960 foi a tentativa de um grande e secreto “Programa de desinformação” (Party-State Dezinformatsiya Program), aprovado por Aleksandr Shelepin, presidente da KGB, e pelo membro do Politburo, Aleksey Kirichenko, que organizou as políticas internacionais do Partido Comunista. https://cleofas.com.br/nos-criamos-a-teologia-da-libertacao-afirma-ex-espiao-da-uniao-sovietica/. [Ion Mihai Pacepa, que foi general da polícia secreta da Romênia comunista antes de pedir demissão do seu cargo e fugir para os EUA no fim da década de 70, um dos maiores “detratores” de Moscou, concedeu entrevista à ACI Digital e revelou a conexão entre a União Soviética e a Teologia da Libertação na América Latina. ].








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