O Vale das Sombras
Vale das Sombras |
Estou me usando desse título, <<Vale das Sombras>> que é um termo bíblico para constatar
que o <<Vale das Sombras>> é mais real, do que imagina a vã
filosofia que se ensinam nas faculdades. O <<Vale
das Sombras>> não se refere a uma pessoa, mas quase,
a totalidade delas e ao ambiente que
elas constroem, com exceções, raras. Uma dessas exceções estão nas religiões
com uma existência histórica em todo o mundo, traduzido na luta contra o mal.
As religiões "congregam pessoas", para tirá-las, o quanto for
possível, dependendo de cada pessoa, do limbo das relações humanas e ao mesmo
tempo forjar uma sociedade sóbria e temente de si mesma, enquanto "in
natura", e nascidas nesses dias infernais de civilizações sem rumo e
materialista.
Pisando o chão e cheirando o pó da terra
ou, sentindo o cheiro do petróleo no asfalto e dos gases dos veículos
automotores, todo sentido espiritual se dispersa e funde e se confunde a outros
espíritos vagantes. Cada um, com sua crueldade ou falsa humanidade, para
sobreviver nesse mundo, tornado, hostil à vida plena.
É fácil entender as dimensões do Vale
das Sombras, teria dois exemplos imediatos e bem delineados a China – como uma substituição High-Tech do que foi a URSS e em outra, na
mesma medida: o III Reich - e, os seres que habitam o Oriente Médio, onde ambas as civilizações, criaram uma forma "
de ajudar os cegos a permanecerem cegos "..., uma observação de Salman
Rushdie para o islamismo.
Bento XVI |
Para o Brasil, seria o mesmo que
escrever para semianalfabetos e analfabetos funcionais, considerando que a
religião no mundo secular, corre à
par com a alta filosofia em busca da verdade. Logo, em não sabe ler, ou ler com pré-disposição de turvar a leitura,
seja da filosofia ou religião, ignora à ambas, quando elas tomam - para a
sociedade nesciente - uma forma caricatural
e que, como resultado disso, quando o papa Bento 16 disse que a crise da Europa
nasceu da rejeição a Deus, abriu (uma caixa de pandora) um precedente mais
estranho ainda, a outro papa, Francisco, que daria boas-vindas aos ateus em
rejeição aos modos dos cristãos que vivem de caricaturas pela absoluta incompreensão
do cristianismo em suas vidas. (O que foi arte de Santo Agostinho para igreja e
os fiéis e, de São Tomás de Aquino para a igreja e o mundo.
Carlos Fernando |
O exemplo do Vale das Sombras é sempre
atualizado e agravante. No Brasil, neste final de junho de 2019, um procurador
aposentado e ex-integrante da força-tarefa da Lava Jato, Carlos Fernando dos Santos Lima, usou as
redes sociais para enviar uma mensagem bastante emblemática para o Brasil. Carlos foi bastante crítico daqueles
que, que fazem de tudo para ver Lula nas ruas e não pagando pelos crimes que
cometeu contra a nação. Disse ele: “Para libertar Lula e destruir a Laja Jato,
vale até ser conivente com o crime”.
Qual o emblema? senão, um sinal distintivo dos membros
de uma associação, irmandade et cetera. E precisamente, uma irmandade
(comunistas, dinastias et cetera) ateia, que por princípio quer destruir a
família (dos outros – das massas). E não, por ódio à família, mas porque a
família pode acordar para si mesma e
se tornar forte e ser uma forte concorrente – nas cidades – às famílias cínicas
dos maiores magnatas da terra e seus lacaios que se valendo “das sombras” e da
ignorância do outro, ocuparam posições importantes na sociedade.
Observe em sua cidade e o leitor os
encontrará com facilidade, àqueles que iludem e aqueles que são iludidos. Outro
dia, “abri a ferramenta de comunicação, face
book a pessoas indiscriminadas – na cidade”. Qual não foi a minha surpresa
ao ver que algumas pessoas se sentiam necessitadas de defender algo que se quer
sabiam o histórico daquilo que defendiam. O que lhes importavam, era se impor
como pessoa que tinha fundamentos que ninguém mais, além dela, poderiam ter;
fosse por sua origem de nascimento, fosse por suas amizades especiais, fosse
pelo seu coletivo partidário, fosse por aquilo que pensava saber em meio a uma
miscelânea de superficialidades informativas, feitas para confundi-los e, todos
os outros, para ela, seriam sempre incompreensíveis. Ora, isso é um símbolo que
representa uma das facetas do “Vale das Sombras”.
Chego a pensar que historicamente
houve uma liberação das comunicações, precisamente quando as pessoas – as
massas falantes – precisam externar o seu “lixo mental”. De outra forma, a
ferramenta foi usada também, por outros estudiosos que teriam o que dizer. E
que estes, assim como Carlos, os papas (...), desnudam as facetas, as tramas do
mal e logo, são cercados por todos os lados e até ameaçados de morte.
Evidente, que houveram muitas
tentativas e haverá muito mais tentativas para cercear a comunicação e a
nivelar por baixo, no porão dos dejetos mentais. Mas até isso acontecer, pois
que vem acontecendo, as forças do bem se aninham e podem surpreender ou,
sucumbir de-vez. Como já aconteceu, quando parte do regime militar favoreceu à
esquerda em detrimento da direita.
O Vale das Sombras equivale a um
formigueiro invadido pela água. Se inteligência lógica houvesse e a visão
alcançasse, os líderes do formigueiro se abrigariam em terrenos altos, fora do
nível das águas. O curioso, é que o mesmo acontece com os seres que se
consideram lógicos e o são na medida mesmo que fazem uso apenas da lógica mais
elementar e próxima de seus interesses.
É lógico (e desumano) que você pode
tapear um velho senil e tomar-lhe a aposentadoria em nome das próprias despesas
dele, que você julgue quais sejam. É logico (porém, nojento), que alguém roube
as ideias de outro para si, apenas com algumas alterações insignificantes e ao
mesmo tempo esconde, aquele que foi o berço das ideias roubadas, por simples
concorrência. É lógico (porém, criminoso) que um grupo de pessoas idealize uma
sociedade perfeita, segundo o seu modo de entender a existência, que pode ter
sido artificial, e que para consegui-lo, tenha que assassinar os opositores.
Logo se vê que a lógica (ou
analítica), sozinha, não é uma boa companhia e se presta como uma prostituta,
pois pouco se lhe importa a quem se entrega, ou que uso vão fazer dela e para
que público. Digo isso, como se lógica tivesse alma e de fato têm, quando se
completa com a dialética, a poética e a retórica. (O. de Carvalho, Aristóteles
em Nova Perspectiva).
O Vale da Sombras é o ambiente
cultural em que uma cidade é enredada, por sistemas de governos autoritários
que acreditam que saibam o que é “ o melhor para o povo “. Mas, não fazem isso por caridade, pois que
não alcançam o sentido disso. Fazem isso para impor o seu controle e a
segurança do seu modo de vida – econômico. Seria por exemplo, a seguinte
relação: o que realmente faria circular um volume de dinheiro em uma cidade? Um
simples enlatado de filé de peixe produzido na mesma cidade e com excedente
para vender a outras cidades ou, a construção de um edifício majestoso, com 100
salas de aluguel?
Se a resposta for o enlatado de peixe,
a pergunta seguinte é: porque isso não acontece, no contexto dos diversos modos
de produção, na sua cidade? Obviamente cria-se uma “sombra” no ambiente social
que inibe, que cala, que faz calar sobre isso. E o volume desse insidioso modo
de “dirigir uma cidade” é contagioso e corrompe as pessoas, que se vendem e, se
entregam por qualquer tostão, para estarem do lado certo do poder, segundo o
próprio desprezo que sentem não só pelo poder, mas, por sua própria existência.
Disso resulta a senilidade precoce, as mais variadas depressões e toda sorte de
crimes.
Lembro quando disseram o Brasil era
“eminentemente agrícola”, e as indústrias partiram para China e vieram os
produtos chineses. Também lembro em minha cidade, quando um ilustre desavisado
e oportunista, referindo-se ao turismo e seus hotéis e restaurantes, afirmou
que: “ a cidade era uma grande indústria do turismo, sem chaminés”. E isso,
inibiu quaisquer outros modos de produção, como si, a cidade só aceitasse
pessoas com esse destino que ele e seu grupo havia determinado. A questão é
como, ele criou para si e a para seu grupo o direito de se arrogar publicamente
como um ditador High-Tech de um
modelo único de desenvolvimento? E pior, como a sociedade pode acreditar nisso?
e seguir como cordeiro para o abatedouro?
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