Sutil diferença: formar engenheiros ou médicos?
A televisão
mostrou uma idosa que vive de “catar lixo reciclável” e o junta em sua casa,
logo, a casa parece uma grande lixeira e ela a própria imagem da pobreza que a televisão
usa como exemplo, de como a sociedade pode ajudar os mais pobres com auxílios.
Ao que
parece, a pessoa vive só. O seu “trabalho gratuito à sociedade” é a coleta de
reciclados com um “carrinho” puxado por ela e só quando revende o material
ganha algum dinheiro, que segundo ela, mal da para pagar alimentação. Imagine
comprar remédios. O material reciclado é acumulado para que ela não precise ir
todos os dias - em que lota o carrinho - ao centro de coleta, logo, a carga vai
sendo “juntada” em sua casa.
Bem, você pode
perguntar o que isso tem a ver com “Trem Bala”. Com o Trem nada a ver, mas tem
a ver com o modelo de economia onde os ricos ficam mais ricos e os pobres mais
pobres. E ficam mais pobres porque seu trabalho NÃO FORMAL tem que ser ignorado
pela sociedade – a mesma sociedade que anuncia os auxílios – é patrocinada por
aqueles que se aproveitam dessa informalidade ou não reconhecimento do trabalho
gratuito de coleta, independente, da Estação do ano, para que eles, os CEO das
empresas, negociem grandes quantidades de matérias primas aos preços de mercado
da bolsa de valores. A última vez que vi algo a respeito, o alumínio estava na
faixa de sete dólares o quilo.
A “mentalidade
brasileira” bem intencionada e na cidade de Foz do Iguaçu, precisamente nos “laboratórios
sociais a que deram o nome de Parque Tecnológico”; “um produto” de alcance
nacional, para se nivelar por baixo à QUEBRA do Parque Industrial Brasileiro que
ESTE SIM, teria o alcance de um Trem Bala... pois bem, este símile de adaptação
à tecnologias pré-existentes como seria o motor a álcool, que existe desde
antes da segunda grande guerra...
... Criaram
um carrinho elétrico movido à bateria para os catadores. Se o carrinho não foi
útil serviu para mostrar à sociedade que o trabalho de coleta é uma necessidade
e que os frutos desse trabalho – gratuito de coleta – podem ter outro destino.
Um exemplo, enquanto mostravam o carrinho elétrico movido à bateria
recarregável, ao preço médio de quatro mil reais, uma empresa de caminhões
AGRALE, anunciava o seu caminhão ao custo de 12 mil reais. Tudo isso na mesma
cidade.
A reação do
governo foi criar a “coleta seletiva”, que junta lixo reciclado em galpões, que
eventualmente pegam fogo, por simples causalidade do descompromisso e desinteresse
de governo e ao mesmo tempo impedimento de o governo tomar iniciativas em
transformar, ele mesmo, o governo, aliado à massa de catadores, uma “moeda de
troca do município”, deixando isso a cargo de empresas ou empresa, que a
sociedade paga milhões de reais anualmente e faz isso, por uma discreta
condição política do Estado e IMPEDIMENTO de se desenvolver Indústrias de
Reciclagem de lixo na Região. (Lobistas
brasileiros).
A primeira
coisa que o Japão fez com auxílio Norte Americano foi formar engenheiros para
as indústrias. No Brasil se forma médicos para hospitais. Sutil diferença.
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