Uma Perspectiva ou não, da Realidade de
Foz do Iguaçu
Muitas pessoas postam coisas como se elas
participassem de alguma organização, religiosa, política, outras, como se
fossem porta-vozes de uma filosofia morta. Outras ainda, são obcecadas por
fantasias e desejo de dinheiro fácil etc. De tudo isso, nada parece novo, mas
envelhecido e tortuoso e que demonstra a fragilidade da existência e explica
quaisquer tipos de guerras. Assim sendo, vou agir como se estivesse chegado ao
mundo nesses dias e tivesse caído no Brasil e em uma cidade de tríplice
fronteira e que tivesse uma suposta memória e experiência genéticas que nem eu
próprio sei explicar como funciona. De outra forma, me abstenho de comentários
sórdidos ou não, às pessoas, não por elas, mas pelas circunstâncias que as
obriga a agirem como agem quando tem algum poder, mesmo que irrisório. Faço
isso, tal como a interpretação de Cervantes em D. Quixote, após haver
participado de um luta de guerra mortal.
Por exemplo, Foz do Iguaçu e o povo (em termos de
comunicação) da cidade imagina, o que esperar da sua cidade nas próximas três
décadas? Praticamente 7 prefeitos e 105 vereadores e tantos outros secretários
etc. Em Foz, desde 2004 já se passaram 20 anos. Oito anos com um grupo, quatro
anos com outro grupo e mais oito anos com outro grupo. A cidade não cresceu,
isso é uma impossibilidade. Mas, os negócios tanto do Estado, como negócios
privados, caminharam, como qualquer cidade proporcionalmente à sua população. O
que diminuiu foram os espaços na cidade e não diminuiu pelas construções, ao
contrário, diminuiu pelo terrenos vazios, pelos galpões, prédios e casas,
abandonados, uso esse termo como ‘força de expressão, mesmo porque, os efeitos
materiais do abandono são visíveis. Nestes últimos anos criaram a figura do
loteamento para funcionários públicos, devido ao salário que é satisfatório e a
estabilidade. Ao povo, reservaram os terrenos de < reserva > e os
terrenos nas beiras dos rios. O turismo, com a pandemia, pôde perceber sua
fraqueza ou, ‘calcanhar de Aquiles. Mas, não é só a pandemia, muitas viagens no
mundo, se tornaram proibitivas. Os grupos que iam a Israel, não vão mais, por
exemplo. A Ucrânia é uma terra de sacrifícios, historicamente. A Área
Industrial foi um acordo de amigos e não sei, se qualquer cidade não faria o
mesmo. O terreno foi calorosamente cedido a eles por 6 reais o metro quadrado e
a cidade não poderia correr o risco de uma empresa, seja qual for, comprar toda
a área e depois aluga-la à cidade. Considerando inclusive, que o aluguel tem
sido a modalidade mais lucrativa no contexto de uma economia negativa à cidade.
A empresa Itaipu que se considera Binacional
precisamente para não estar subjugada a nenhum governo, quando poderia
confronta-los, segue seu curso milionário a um custo < bárbaro > de dois
países famintos.
A saúde tem graves problemas de dívida, de evasões e
de filas de operação enormes. Os médicos praticam uma espécie de rodizio
naquilo que lhe proporciona maior vantagem.
Na educação, se as universidades desde décadas são
vocacionadas a um modelo de ideologia duvidosa, que gerou, ou manteve em
estase, a mesma circunstância de 2004 para a cidade, em termos de qualidade de
vida [...] o que pode ser subjetivo, considerando a insegurança pública e o
transvio de pessoas de outras localidades ... bem como as filas da saúde. Assim
sendo, é natural que essa educação mesma, seja repassada aos primeiros anos.
As coisas boas, geralmente, são boas, desde o
momento em que se recebe verbas municipais, ou doações, ironicamente, em nome
da miséria. Não seria aceitável, que se < engolisse > o brinquedo
político de uma terceira via como solução de alguma coisa, quando o divulgador
dessa linha política, provisória e instável, tanto quanto as outras linhagens
da política, fingisse ao povo uma segurança que até pode existir em cidades
pequenas, que se equilibram, mas que não condizem de forma alguma com a
realidade de cidades com mais de 200 mil habitantes, onde se obrigam à
distribuição de Cestas básicas e Auxílios diversos, precisamente por ausência
de perspectiva de trabalho volumoso, não capitalista, considerando que o
capitalismo é história passada e também não estatal, considerando o inchaço da
máquina administrativa na contrapartida de divisão dos recursos a que chamam de
orçamento, portanto,
... seria um acordo de governo com o povo que necessita
de trabalho. E para tanto, muita coisa teria que ser feito antes. E é
justamente por isso não acontecer < nem em pensamento dos blocos políticos e
ou do jornalismo >, o que demonstra a fragilidade das ideias e o que deveria
ser ato de governo, que se pode chegar a certas conclusões de instabilidade e
insegurança no governo em nível médio e alto. Porque tudo indica, que do ‘baixo
clero da política municipal, eles estejam ocupados demais com assuntos de
interesses corporativos.